Esse final de semana aconteceu o 1º Encontro dos Ilus junto ao projeto Matrizes que Fazem contemplado pelo Edital “Povos Tradicionais do Estado do RJ” da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro (@sesecrj).
Tivemos a honra de receber grandes mestres dos tambores de diferentes nações e casas tradicionais do Rio de Janeiro e de Salvador, Bahia. Realizamos rodas de conversa, mesa de debates, demonstração de toques sagrados em diferentes nações, exaltação de toques e variações centenários das casas matrizes, oficinas de percussão, feira cultural com objetos artesanais e, claro, um bom samba de caboclo para celebrar esse encontro tão importante para nossa comunidade de povos tradicionais de terreiro.
Recebemos o querido Ogan Bangbala, o mais velho Onilu em atividade no Brasil. Tivemos a alegria de ouvir 103 anos de uma história que começou em Salvador e revolucionou os Candomblés da Baixada Fluminense.
Meu querido irmão e sobrinho Iuri Passos, Alagbe do Terreiro do Gantois (@terreirodogantois). Músico, Arranjador, Produtor Musical e Ativista Social. Professor de Percussão do Departamento de Música e Mestre em Etnomusicologia pela UFBA. Representou nossa nação de Ketu através dos toques e rítmica característica.
Mateus Mello, nosso representante da Nação Jeje, do Terreiro Zogbodo Male Bogun Conhecido como Terreiro do Bogun ou como Roça do Ventura em Salvador.
Dofono Hunxi, Etemi do Hunkpame Savalu Vodun Zo Kwe e mais um representante da nação Jeje.
Adriano Azevedo, o Adrianinho. Obá de Xangô do Ilê Asé Opo Afonjá Salvador Bahia. Também representante da Nação Ketu.
Junior Pakapym, do Terreiro Nzo Onimboya, representou com maestria a nação Angola.
Tonsele Tom, Alagbe do Terreiro Ajaguna, Òjé do Ilê Axé Egun Aládé de Salvador, Bahia e idealizador do projeto Irmãos no Couro.
Alem da participação mais que especial da minha querida amiga e irmã Mejitó Helena de Dan.
Entre muitos outros irmãos queridos que mais uma vez nos mostraram como somos parte de uma cultura riquíssima, de força e grande poder. Como nosso povo cria e recria, através da resistência Patrimônios Materiais e Imateriais Culturais para este país tão rico e plural. Valorizar essa produção cultural é um direito e um dever nosso.
Mais uma vez agradecer a @sececrj pelo incentivo via edital. Pela compreensão da importância de promover Políticas Públicas Culturais para os Povos Tradicionais de Terreiro que são a salvaguarda das heranças ancestrais culturais deste país.
É preciso plantar as sementes hoje e regar com as águas do ontem para colher as flores do amanhã. Axé!
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